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Capela de

Guadalupe

A capela de Nossa Senhora de Guadalupe situa-se na freguesia de S. Victor, no monte de Santa Margarida. Pensa-se que em tempos anteriores terá sido um templo de invocação a Santa Margarida e que, nos inícios do século XVIII, veio a ser totalmente substituído por outro mandado fazer pela confraria de Nossa Senhora de Guadalupe, com um forte apoio monetário do arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles, que a benzeu a 23 de Março de 1725.

 

O que mais diferencia a capela de Guadalupe, para além da sua localização privilegiada, alcandorada no alto de uma pequena elevação é a sua arquitetura invulgar.

 

Apesar da planta centralizada, como muitas outras igrejas em Braga, a sua forma circular é única na cidade.

 

A construção da Capela, em 1719, esteve a cargo do mestre pedreiro Manuel Fernandes da Silva. Este edifício denota mestria tanto nas formas curvilíneas do seu exterior, como na simplicidade do interior e na perícia de André Soares na execução do retábulo-mor concebido em estilo rococó. A capela de Guadalupe apresenta uma planta centrada, com capela-mor e duas laterais, estando orientada para sudoeste.

 

Este edifício exibe um exonártex e duas capelas laterais de forma semicircular. O corpo retangular exterior da capela engloba a capela-mor, a sacristia e a sala da Confraria.

 

As fachadas estão rebocadas e pintadas a branco e contêm um embasamento, com pilastras toscanas nos ângulos e cunhais apilastrados. A fachada principal é composta por um exonártex com três vãos de arco perfeito, com moldura em alvenaria. O arco central é o mais largo e tem sobre si um nicho retangular, com peitoril saliente. O peitoril expõe, ao centro, uma cartela em granito, com a inscrição “PROTEGAM VRBEM ISTAM 1747”. A moldura do nicho está ladeada por pilastras com aletas e o seu remate é feito por um frontão triangular. No seu interior está a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe protegida por um vidro.

 

Na parte superior surgem pináculos e uma cruz em alvenaria. Esta parte superior é marcada por um jogo de volumes, onde se destaca a nave mais elevada.

 

No exterior existe um adro empedrado, que rompe com o espaço verde das tílias. Este parque é muito calmo e sente-se uma grande paz, apesar da proximidade do bulício do centro urbano. A entrada é feita através de uma escadaria em granito com dois patamares.

 

O interior da capela é rebocado e pintado, tendo pavimento em taco na nave e em pedra nas capelas

laterais. A nave é coberta por uma cúpula com tramos de alvenaria, decorados com volutas. Do seu centro desce um enorme lustre em forma de saco.

As capelas laterais são cobertas com abóbadas de berço estucadas e pintadas de branco.

 

Na capela-mor encontra-se o belíssimo retábulo de André Soares, em estilo rococó, que apresenta um trabalho de talha e policromia, em tons de azul, branco, verde e dourado.

 

Na capela lateral, lado da Epístola, encontra-se um retábulo de planta reta , onde está uma escultura de S. Marçal (protetor dos bombeiros); no lado oposto, na nave do lado do Evangelho, o retábulo de N.ª Sr.ª da Piedade, também de planta reta, entalhado , policromado e adornado por motivos decorativos em dourado.

 

Na mísula direita do retábulo de S. Marçal, encontra-se uma graciosa escultura de Santa Ana a ensinar a Virgem Maria, enquanto menina, a ler.

 

 

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